Risco nutricional em pacientes com disfagia orofaríngea

A disfagia é uma condição clínica que se caracteriza por uma dificuldade na formação do bolo alimentar e/ou no transporte do bolo alimentar da boca para o estômago.

 

A disfagia afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo indivíduos com doenças neurológicas e neurodegenerativas (30-82% segundo a doença neurológica específica), indivíduos com tumores da orofaringe, laringe ou região maxilofacial (até 80%) e em seniores que vivem em residências geriátricas (até 78%) ou internados num hospital (44%).

 

Apesar desta prevalência extremamente elevada, raramente a disfagia é incluída como um diagnóstico específico num relatório de alta hospitalar, em cuidados de saúde ou em cuidados primários. Esta omissão provoca uma falta de tratamento específico, o que afeta o estado de saúde, morbilidade e qualidade de vida destes indivíduos1.

 

As principais consequências derivadas da disfagia são a desidratação, a perda de peso, a desnutrição e pneumonia por aspiração (clinicamente visíveis e/ou silenciosas).

 

Atualmente, existem ferramentas de rastreio, de fácil diagnóstico e validadas que permitem uma deteção precoce, como o Eating Assessment Tool (EAT-10) e o Método de Exploração Clínica Volume-Viscosidade (MECV-V), métodos mais específicos quando são necessários de diagnósticos mais precisos2,3.

 

As adaptações na consistência dos líquidos mediante o uso de um módulo espessante como Resource® Espesante, e as adaptações da consistência dos alimentos sólidos através da utilização da alimentação básica adaptada (ABA), são um aspeto básico de tratamento e primordial para evitar complicações, diminuir a morbilidade, os custos hospitalares e melhorar a qualidade de vida destes indivíduos.

 

Clavé p, García Peris P. Guía de diagnóstico y tratamiento nutricional y rehabilitador de la disfagia orofaríngea. Ed. Glosa 2011

2 Burgos R et al. Traducción y validación de la versión en español de la escala EAT-10 (Eating Assessment Tool-10) para el despistaje de la disfagia. Nutr Hosp. 2012;27(6):2048-2054

Clavé P et al. Accuracy of the volume-viscosity swallow test for clinical screening of oropharyngeal dysphagia and aspiration. Clinical Nutrition 2008; 27: 806-815

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As alterações na deglutição afetam milhões de indivíduos em todo o mundo, especialmente, indivíduos com doenças neurológicas e neurodegenerativas (30-82% de acordo com a doença neurológica).

Fonte: Clavé p, García Peris P. Guía de diagnóstico y tratamiento nutricional y rehabilitador de la disfagia orofaríngea. Ed. Glosa 2011

45% dos indivíduos hospitalizados e que apresentam disfagia, estão desnutridos.

Fuente: Álvarez-Hernández J, León Sanz M, Planas Vila M, Araujo K, García de Lorenzo A, et al. Prevalence and costs of malnutrition in hospitalized dysphagic patients: a sub analysis of the PREDyCES Study. Nutr Hosp. 2015; 32(4):1830-1836
Apenas 1 em cada 4 indivíduos com disfagia recebem algum tipo de suporte nutricional, incluindo espessantes, e apenas 1 em cada 3 indivíduos com disfagia e desnutrição recebem algum tipo de suporte nutricional (entérica ou suplementos).
Fuente: Álvarez-Hernández J, León Sanz M, Planas Vila M, Araujo K, García de Lorenzo A, et al. Prevalence and costs of malnutrition in hospitalized dysphagic patients: a sub analysis of the PREDyCES Study. Nutr Hosp. 2015; 32(4):1830-1836

Recomendações para modificar a viscosidade dos líquidos

Recomendações para modificar a viscosidade dos líquidos

A utilização de espessantes para modificar a viscosidade dos líquidos é o método mais utilizado, económico e fiável para o tratamento da disfagia, assim como demonstrou Resource® Espesante em pacientes com disfagia neurogénica ao diminuir significativamente o número de aspirações e penetrações no vestíbulo laríngeo, promovendo a deglutição eficaz.
Recomendações para facilitar a ingestão de alimentos

Recomendações para facilitar a ingestão de alimentos

Adequar o tipo e consistência dos alimentos à capacidade de deglutição do indivíduo; espessar líquidos para alcançar a ingestão hídrica e evitar a desidratação; não misturar texturas diferentes; oferecer os alimentos com apresentação/cores atrativas; estimular a deglutição com alimentos amargos/ácidos ou frios/quentes ou com prazer; repartir as refeições ao longo do dia em pequenas tomas frequentes e muito nutritivas, são as principais recomendações para facilitar a ingestão de alimentos.
Recomendações da posição durante a ingesta

Recomendações da posição durante a ingesta

O indivíduo deve estar sentado numa posição cómoda e, na medida possível, num ambiente relaxante. Impedir a hiperextensão do pescoço através de um apoio para a cabeça adequado.
Indicar ao indivíduo que realize uma ligeira flexão da cabeça, para a frente, acompanhando o movimento de deglutição.
Em caso de hemiplegia, inclinar a cabeça para o lado lesionado, a fim de limitar a passagem dos alimentos para a via respiratória.